Publicado por: iranbernardes | dezembro 5, 2010

MATURIDADE CRISTÃ NOS RELACIONAMENTOS FAMILIARES – Pr. Lourival Costa

Tentarei compartilhar o tema à luz da palavra de Deus e, na certeza que nessa noite, Jesus deseja nos capacitar e nos restituir a alegria da salvação e o entusiasmo extravagante do primeiro amor. A isso incluem a cura dos relacionamentos em todas as dimensões, em especial na vida familiar.

Sabemos que nenhuma cura emocional acontece por osmose, (sem esforço) mas, quando aplicamos a Palavra de Deus em nosso dia-a-dia.

2 Pedro 1:3-9;  Lembra que Deus é nossa fonte. Foi Ele quem nos deu tudo que precisamos para viver uma vida vitoriosa e participarmos de sua natureza divina. A osmose fica fora, pois, exigirá esforço para acrescentar à nossa fé; o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a bondade e o amor, sendo esse último o mais significativo para Deus e para nós mesmos. Se cultivarmos essas qualidades em medida crescente, elas irão aplainar nossa caminhada e apoiar nosso relacionamento com o Senhor Jesus e com as pessoas.

Se nos faltar o fruto do Espírito padeceremos da miopia espiritual e podemos não enxergar o caminho proposto, nos distanciando do alvo a ser atingindo.

Gálatas 5:22 – Revela sete virtudes Cristãs:  “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade”  I Cor 13 – nos adverte: “Se não tiver amor, de nada aproveitará nossas obras.”

Ora, o amor é vínculo da perfeição. Em Gál 5 e I Cor 13, o amor é a primeira virtude do fruto do Espírito citada por Paulo, as demais são decorrentes dele. Somos desafiados a desenvolver nossa fé até atingirmos a maturidade espiritual (o amor = estatura do varão perfeito). A família é o ambiente adequado para esse processo.

Agora falo de mim mesmo e de minhas observações: Uma das características mais poderosas para acelerar o processo de maturidade espiritual e emocional é o fato de nos colocarmos de baixo da autoridade de Jesus e daqueles que foram chamados para estarem ao nosso lado “Pais, Pastores e Líderes de forma geral”.  Nessa condição (a de liderados), esse processo (O fruto do Espírito) acontece quase que naturalmente, pelo simples fato de nos submeter às autoridades. Essa postura implica na forma como somos percebidos; maduros ou neófitos – meninos na fé. Submeter é atitude própria de quem já está caminhando sob a direção do amor de Deus.

Nos relacionamos em diversas dimensões, dentre elas iremos considerar as relações familiares.

E o tema sugere a compreensão básica de duas naturezas, quais sejam:

1 – Humana = caida; onde reside a inteligência emocional que é a capacidade de percebermos, controlarmos e avaliarmos nossas atitudes e emoções. Podemos aceitá-la como característica inata ou mutável ao longo dos anos

2 – Espiritual = restaurada; diz respeito às coisas que são próprias do Espírito as quais nos permitem atingir a maturidade espiritual e emocional, O AMOR..!

Preocupado com essas duas naturezas, humana e espiritual, Jesus se apresenta como aquele que pagou alto preço em favor dos relacionamentos a ponto de dar sua vida para nos reconciliar com Deus e enviou o Espírito Santo para nos capacitar a viver uma vida de comunhão.

Mateus 22: 34 a 40 – Ame o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu espírito; é o primeiro e o maior mandamento. O segundo é semelhante: Ame a teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas estão contidos nestes dois mandamentos.

Esses dois mandamentos têm um ambiente propício para se estabelecer e desenvolver; onde será? No seio da família! Dentre todas as coisas criadas por Deus a família reveste-se de maior significado. Ela representa o alvo do amor de Deus e a base sólida onde toda organização social se apóia.

Onde a família se mostrou forte, floresceu uma sociedade forte. Onde ela se revelou frágil, instalou-se a decadência social (Atinge as Igrejas?).

Por analogia podemos entender que, se a base de uma construção estiver comprometida toda a edificação poderá entrar em ruínas. Desmoronar..!

A família é a fundação e os pilares que sustentam a sociedade e é o ambiente onde a vida se desenvolve de forma saudável. Sim ou não?

No seio da família está a origem dos hábitos, inclinações e sentimentos que têm o poder de decidir o futuro de nossos filhos e até mesmo de uma nação. Não obstante sofre influências externas de toda sorte e podem se configurar em potenciais fatores de riscos. Logo, patrulhar a cerca de proteção torna-se imperativo para todos nós, pais e filhos. (Os filhos são proteções dos pais).

SL 127:5,  Bem – aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta. Os filhos protegem seus pais dos ataques dos estranhos.

A família tem forte função social, quando ela se preocupa no preparo de seus membros para servirem a sociedade, preservando valores e princípios morais que, a cada dia, são mais raros de serem vividos e notados.

A paternidade continuará sendo, a forma criativa encontrada por Deus para garantir o desenvolvimento sustentável da sociedade, onde eu, você e nossos filhos estão inseridos. Cabe reflexão sobre os papeis de todos nós!

Os pais são os facilitadores desse processo, mas, podem estar intimidados por seus filhos. A aplicação e aceitação da autoridade dos pais e a submissão de nossos filhos estão adormecidas e isso é uma ameaça.

Quando falta liderança sobra desordem e a colheita pode ser carregada de  frutos e sementes indesejáveis, surpreendentes e até irreparáveis nas gerações futuras.

No colo da mãe, forma-se o que há de mais precioso para Deus e para a sociedade – Homens ao Máximo e a Mulheres Únicas. Pessoas raras que fazem a diferença em sua geração. Não se trata de uma tarefa simples, antes demanda dedicação e forte comprometimento por parte das mamães.

A ausência do pai é danosa, abre portas e janelas e cortinas para os ataques de satanás na vida dos filhos e esposa. Onde estava Adão quando Eva foi enganada? Estava distante e houve danos para toda humanidade pela falta da proteção de Adão e pela incapacidade de julgamento de Eva.

Quando o pai é ausenta ou indiferente “têm o coração duro e insensível” a transmissão da identidade e destino, intencionados por Deus, perdeu seu agente transmissor e os filhos, já não são lançados para os alvos, mas, estão caindo das aljavas e ficando pelo caminho tornando-se presas fáceis.

Temos vivido dias em que o calor afetivo dos lares se perdeu e o ambiente se tornou frio e os corações estão congelados. Jesus deseja restaurar e reaquecer nossas relações rompendo barreiras e nos tirando das cadeias que nos separam do amor e da vida intencionada por Deus.

Basta um olhar mais atento à nossa volta e teremos a nítida percepção da crise que assola as famílias. Isso inclui a minha, e a sua família?

Há um segredo para o sucesso familiar, o cumprimento de princípios, valores e verdades apresentadas no amor de Deus.

“A nossa comunhão (relacionamento) deve ser primeiramente com o Pai e isso deve ser prioridade absoluta em nossas vidas.” Pr. Bruce Colson – 10/10/2010.

1 João 1:7 – Se, porém, andarmos na luz, como na luz Ele está, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado. Quando nos relacionamos bem com as pessoas elas percebem que temos comunhão com o Pai. Ao contrário, se elas não perceberem isso em nós, nossa pregação e nosso cristianismo serão vazios e o projeto da salvação poderá sofrer danos, mas nunca frustrado.

Se nos conformarmos com a “sabedoria humana” aceitaremos com facilidade as doenças emocionais e nos esqueceremos que o amor de Deus deseja tratar todas essas anomalias e feridas instaladas em cada um de nós e isso inclui aqueles nos que foram confiados para cuidar. (……………………..)

Salmo 133 “Como é bom e agradável que o povo de Deus viva em união é como o óleo perfumado sobre a cabeça de Arão, que desce por suas barbas e pela gola do seu manto sacerdotal. É como o orvalho do monte Hermom, que cai sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR ordena sua bênção e a vida para sempre.” Linguagem de Hoje.

O óleo significa entre outras coisas, o agente facilitador dos movimentos que devemos fazer em direção ao amor de Deus e às pessoas que nos feriram.

Sabemos que a transição do leite para o alimento sólido deveria ser algo natural para os cristãos, mas, encontra inúmeras dificuldades dentre elas, a capacidade de nos relacionarmos em “amor desinteressado do benefício próprio”. Não é fácil viver esse modelo de amor que procura o bem do outro.

Por falar relacionamentos e amor, quais pessoas ferimos ou nos feriram nesses últimos dias ou mesmo antes de sairmos de casa?

As feridas podem estar expostas e causando grandes males! E isso declara que algo não esteve bem e precisa ser tratado. Ora, se amar o próximo é o maior testemunho de nosso amor por Deus, então porque continuamos ferindo uns aos outros? Onde está o amor que testifica que somos filhos de Deus? Essa pergunta é primeiramente dirigida só prá mim, mesmo!

1 João 2: 9. Aquele que diz estar na luz e não ama seu irmão, está em trevas e o amor do Pai não está nele! Onde está Jesus em minha vida?

Mateus 5:19 “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.” DECLARAÇÕES FORTES E DESAFIADORAS..!

Como está nosso coração diante do que temos apresentado até agora? Inquieto? Endurecido? Adormecido? Indiferente? Ansioso?

Se ele está desejoso por reparos e mudanças, isso será possível quando as necessidades de mudanças forem maiores que nossas resistências.

EQUILÍBRILIBRANDO RELACIONAMENTOS A LUZ DA PALAVRA:

Efésios 6:1-3 “Vós, filhos, sede obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra o teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e seja longa sua vida sobre a terra.” O desejo mais evidente no coração humano é a longevidade e aí está o segredo para quem deseja uma viva longa e abundante!

Mateus 15.4, “Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte” Nossos jovens estão no meio de uma geração ameaçadora e rebelde, que maldizem e se levantam contra seus pais. Satanás aproveita essas brechas para aniquilá-los e comprometer as gerações e com ela, o futuro das nações.

Efésios 6:4 “Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos.

Provérbios 22:6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Notem que esse verso conta com um mandamento “ensina” e uma promessa “não se desviará dele”.

É papel de cada um de nós (Sacerdote e Radar) e da igreja, enquanto organismo vivo é o neutralizar os ataques e motivações carnais que não têm origem na vida que Deus intencionou para nossa família.

Observem que as leoas arranham seus filhotes quando os acariciam, mas, a proteção e o alimento são certos, ainda que isso lhes custe à própria vida.

O que falar desse cuidado (instinto de amor) que oferece carinho, proteção, sustento e que por vezes arranha e machuca?

Cabe uma pergunta: Abriremos mão dos princípios e valores bíblicos em favor da simpatia de nossos filhos, ou os protegeremos quando se fizer necessário, ainda que isso nos custe à incompreensão, a frieza por parte deles e até o abandono?

A aplicação dos princípios e valores e as virtudes domésticas regulam e sustentam as relações familiares. “Nossos filhos podem fechar seus ouvidos aos nossos conselhos, mas, abrirão seus olhos aos nossos exemplos.” Pais, somos exemplos do coração de Deus. Filhos, vocês são nossas heranças e nossa alegria. Complementamos-nos mutuamente e, foi assim que Deus planejou a família.

João 14:15, 23 diz: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a Ele, e faremos nele morada.”

O QUE PROVOCA RUPTURAS NA AFETIVIDADE FAMÍLIAR?

As causas mais comuns: Rejeição, Discórdia e Indiferença, entre outras.

Hoje iremos fechar nossa palavra considerando a atitude REJEIÇÃO:

Sabemos que a rejeição é sentida pelos bebês quando ainda estão em formação no ventre de suas mamães e que as marcas produzidas pela rejeição podem acompanhá-los por toda sua existência. O futuro e a sorte dessas crianças, somente Deus, em sua infinita bondade, poderá mudar.

Não raro, pais rejeitam seus filhos por apresentar desvios comportamentais, ou por acharem que eles não estão de acordo com suas expectativas. Dependência exagerada ou mesmo por fazer parte de grupos sociais que não batem com sua perspectiva de futuro para a vida deles.

Filhos rejeitam seus pais por pensar que esses não os entendem ou interferem em demasia em áreas de sua vida.

Pais são rejeitados, por causa de vícios tais como; bebidas e cigarros ou por apresentar comportamentos que os envergonham ou comprometem a imagem dos filhos. O amor tudo suporta, tudo crê e tudo espera..!

Esposos e esposas que se rejeitam mutuamente. Esposo rejeita a esposa, por ver estampadas as marcas do tempo em sua fisionomia. Dizem: ela mudou muito e já não é a linda que meus olhos se apaixonaram..!

O mesmo acontece com as mulheres quando percebem que seus maridos perderam muito de seu encantamento, vigor e já não são os lindos rapazes que elas conheceram.

A idade chegou e ainda não estamos preparados, emocionalmente, para conviver com as estações da vida e o risco de rejeição e depreciação podem florescer e oferecer frutos fora do tempo..!

A rejeição (em forma de depreciação) é uma atitude cruel que têm o poder de comprometer o presente e o futuro daqueles (as) que nos foram confiados (as) e que têm todo potencial para se tornar no que Deus planejou.

Sonhos transformam-se em desapontamentos e a vida perde muito em sua essência quando somos depreciados. Com freqüência recordamos das palavras que nos limitaram e nos feriram.

Palavras de críticas transmitem identidade e destino distorcidos que não coincidem com o projeto e o sonho de Deus para cada um de nós. No lugar da rejeição, vamos inserir aceitação, amor, paciência e manter a visão de fé e confiança naquele que começou a boa obra em nós e em nossa família.

“Nossa Identidade e Destino ficam obscuros e atingir o máximo de nosso potencial, em Jesus, pode não acontecer com toda sua força.” LJC

“No amor de Deus, não há espaços para rupturas, quebra nos relacionamentos, e sim para construções de pontes que nos permitem transitar de uma margem a outra, livremente. Quando não entendemos esse amor, ficamos presos dentro de nossas gaiolas, aquelas que nós mesmos construímos ou nas quais fomos lançados.

“A aceitação tem o poder de abrir as cortinas e janelas, enquanto a rejeição cria barreiras emocionais que roubam nossa capacidade de sonhar e de realizar.” LJC

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:1 e 2.

É hora de olharmos nossos relacionamentos e revermos nossos valores e voltarmos, como família, para as práticas do primeiro amor e das Veredas Antigas, para que se cumpra as promessas de Deus em nossos dias e nas gerações futuras.

“E ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Ml 4:6). “Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as famílias de Israel, e elas serão o meu povo” (Jr 31:1).

“Deus não se limita a apresentar soluções para os impossíveis coletivos: Ele se importa com os nossos impossíveis pessoais.” Pr. Elenauro Santos, 17/10/10.

Precisamos nos movimentar, pais e filhos, e juntos lutarmos por nossas famílias. Nosso coração é o ambiente onde Deus trabalha e Ele só entra quando  abrirmos as portas, janelas e cortinas e entregamos a Ele as chaves.

Há uma canção que diz: Meu duro coração me afastou de ti e um vazio tomou conta de minha alma.  Peça seu milagre e permita que Jesus renove sua mente e seus valores. Ele dá um novo coração. A cruz de Jesus nos reconciliou com Deus e nos capacitou a nos relacionar como família de Deus e herdeiros com Cristo de todas as riquezas celestiais.

Vamos sondar nossos corações e pedir o milagre Deus em nossa vida familiar e relacional. Amém..!

 

Por Pr. Lourival José Costa.

Publicado por: iranbernardes | julho 25, 2010

O SEGREDO DE UMA VIDA RADIANTE

O SEGREDO DE UMA VIDA RADIANTE

A maioria das pessoas equilibradas gostaria de ser pessoas radiantes: atrativas, úteis, felizes, bem vistas e com paz interior. Entretanto, existem pessoas que, não gozando desse estado de realização emocional, tentam enganar a si mesmas; dizem que não se importam com o que os outros possam pensar ou falar a seu respeito. Também tem aquelas pessoas que vão além disso para se vangloriarem do fato de serem pessoas “encrenquinhas”. Às vezes dizem, “eu sou assim mesmo” e “não estou nem aí”. A verdade é que essas pessoas querem sim, ser também graciosas e vibrantes. Mas há uma outra verdade: É perfeitamente possível para elas se tornarem pessoas maravilhosas, cheias de graça e radiantes.

Parece impossível ter pessoas que não queiram ser agradáveis; que se mostram torcidas em suas atitudes; que insistem em ser imaturas! O padrão de Deus é que cada pessoa esteja em paz consigo mesma e tenham uma postura de grande irradiação e exuberância em sua personalidade. O plano de Deus é que cada ser humano seja um Oasis de paz e alegria, onde muitos possam chegar e receber dessa mesma graça de vida abundante.

Entre os jovens esse gracioso estado de espírito se manifesta numa contagiante vibração – pulos, gritos, gestos, palavras-de-ordem, vestuário típico, e muito mais.

Entre os de meia-idade a expressão da personalidade saudável pode até ser menos ruidosa, mas é de muita consistência e profundidade. Tudo em clima de muito amor.

Entre os da melhor-idade, toda sua exuberância pode ser percebida na serenidade, na firmeza de caráter, na sabedoria e no espírito de confiança que transmitem.

Mas como alguém poderia se apropriar desse estilo de vida? Qual seria o segredo de uma vida radiante?

SAÚDE?

Alguns acreditam que para se ter uma vida radiante depende de uma boa saúde e de uma forma física plena. Comer bem; alimentos adequados e saudáveis; fazer exercícios físicos; cuidar bem do corpo. Ora, todos nós concordamos com tudo isso. Claro! Saúde é muito importante, mas qualquer médico pode testemunhar acerca de pacientes que, embora fisicamente sadios, encontram-se num estado miserável em seu espírito. São repugnantes, mal humorados, infelizes, doentes em sua vida interior.

Ora, algumas pessoas se orgulham de si mesmas, “tem saúde prá dar e vender”, contudo, são enfermas em sua alma. São pessoas apagadas.

Somos criados por Deus em corpo, alma e espírito. Assim, precisamos de uma harmonia entre os três elementos e nosso bem estar deve estar presente em cada parte. Em provérbios temos esta colocação:    “A alegria faz bem à saúde; estar sempre triste é morrer aos poucos” (Pv. 17:22). Esse mesmo versículo em outra versão, diz: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos”.

Sim, saúde é importante e devemos buscá-la; entretanto, qualquer pastor ou outro profissional do comportamento humano, pode atestar de pessoas que, embora acamadas e acometidas até mesmo, de irreversíveis enfermidades, são radiantes e cheias de alegria e paz tão contagiantes que só podem ser de outro mundo.

TEMPERAMENTO

“Esse é o meu temperamento; e, eu não mudo!”

Existem pessoas que dizem que ser feliz ou infeliz é uma questão de temperamento, e que temperamento não muda.

Os antigos gregos tinham uma teoria sobre isso. Essa teoria dizia que todos nós nascemos com certa performance da mente conforme uma das quatro categorias da personalidade:

Sanguinea

Segundo a teoria em questão, a pessoa sanguinea vive o presente com intensidade; participa da vida dos outros facilmente; é terna e compassiva. Mostra-se inconsistente, superficial e insegura.

Melancólica

A pessoa melancólica, segundo essa proposta, tem um espírito rico, grave e profundo. São pessoas sérias e sensíveis; são leais e dependentes. São ego-centralizadas, inflexíveis e difíceis de se lidar; orgulhosas e práticas.

Colérica

O desempenho da pessoa colérica é marcado por forte poder da vontade; essas pessoas são centralizadoras; tem a mente ágil e aguçada; pouco pudor moral; tem habilidade para lidar com adversidades e infortúnios; relacionamento difícil. São orgulhosas, desprezadoras,, dominantes, vingativas, perigosas, tendentes ao mal.

Fleumática

A marca da pessoa fleumática é a simplicidade. É pessoa calma, bondosa, dependente, prática; em geral, é vagarosa. Às vezes é oportunista e indiferente aos outros.

Onde estão as pessoas radiantes? Em qual dessas ‘caixas’ se encontram? Observadores afirmam que as pessoas radiantes pertencem ao grupo dos sanguíneos. Tais pessoas nascem brilhantes, exuberantes, felizes. Seriam os felizardos da vida. Bem será que tudo é mesmo assim, pré determinado e pré fixado?

Pensando assim, é para muitos e muitas de nós ficarem desanimados em razão da “maldição” de ter nascido numa ‘caixa’ tão indesejável. Um sentimento de escravidão poderia estar controlando a vida de muitas pessoas por não terem nascido em outra categoria.

Provavelmente haja algum fundo de verdade nessa teoria de classificação de personalidade, mas será que a pessoa tem que ser aquilo que não quer ser para o resto da vida?  Não. Ninguém precisa ser um eterno prisioneiro hereditário de nenhuma dessas possíveis características indesejáveis. O fleumático pode brilhar! O melancólico pode explodir de alegria! Há um poder maior do que o poder do temperamento – é o poder de Deus, que é capaz de destruir nossa herança de maldições; de recalques, de complexos, de derrotas, de culpas, de frustrações, de agressividades, de tristezas e Ele é capaz de imputar em nós uma nova personalidade; um novo caráter, uma nova vida.

CIRCUNSTÂNCIAS

Outros há que afirmam que uma vida radiante depende de circunstâncias. “Se você tiver uma boa casa; um carro de luxo; um salário adequado; uma posição de alto escalão, amigos leais, então você será feliz”.

Nessa hipótese, o que é a fonte da felicidade? As coisas. As circunstâncias. Podemos afirmar com todo o acerto que muitas pessoas, embora possuindo tudo; em meio a circunstâncias totalmente favoráveis, ainda são pobres, miseráveis, e infelizes. Um grupo de pessoas de um lugar chamado Laodicéia se considerava o ‘máximo’ em status e posição. No entanto, o Espírito Santo lhes revelou que eles eram muito necessitados. Isto está em Apocalipse 3:17:

“Vocês dizem: ‘Somos ricos, estamos bem de vida e temos tudo o que precisamos.’ Mas não sabem que são miseráveis, infelizes, pobres, nus e cegos”. Diante disto, João os aconselhou, assim: “Portanto, aconselho que comprem de mim ouro puro para que sejam, de fato, ricos. E comprem roupas brancas para se vestir e cobrir a sua nudez vergonhosa. Comprem também colírio para os olhos a fim de que possam ver” (Ap. 3:18).

Há um poder maior que as coisas e as circunstâncias. Esse poder nos capacita a viver uma vida radiante mesmo a despeito das circunstâncias. Esse poder nos capacita a refletir a vida de vitória que cristo nos oferece. Esse é o poder de Deus.

Vida radiante não depende de nossa herança. Não está condicionada às circunstâncias. Não depende de nossa saúde, nem nada. Vida radiante não é conquista humana. Nossa vida radiante vem de Deus. Vida radiante é descanso em Deus. Há muitos séculos Agostinho escreveu em suas confissões, “Tu nos tens feito para ti mesmo, ó Deus, e nossos corações estão sem descanso até que possamos descansar em ti”.

CONTUDO, TEMOS QUE TOMAR UMA POSIÇÃO

Orgulho e medo procuram nos convencer de que não é possível ter uma vida radiante neste mundo, sob tantas lutas e provas. Muitas vezes ficamos afetados pelas decepções ao invés de nos curvarmos diante do Deus que nos criou e nos mantém. O orgulho nos diz que nós somos muito inteligentes e capazes e por isso não precisamos crer em Deus nem depender dele. As teorias de auto ajuda nos propõem muitas opções para uma vida vitoriosa e que ninguém tem nada a ver conosco. O medo do nosso passado nos atormenta e nos escraviza.

Um dos famosos profissionais na história da Psicologia, Carl Jung, testificou: “Durante os últimos trinta anos, pessoas de todos os países civilizados tem me procurado para aconselhamentos… entre todos esses meus pacientes eu pude observar que todos os que eram destituídos da verdadeira religião nunca chegaram a ser bem sucedidos e felizes”. Essa verdadeira religião e Jesus!

Ah! Como necessitamos de Deus!

A nossa luta diária nessa loucura de um mundo sem propósitos; a luta por paz interior nos procura abater o ânimo, mas ao mesmo tempo tudo isso nos faz conscientes de que nós precisamos de Deus

Como é possível obter uma vida radiante e vibrante?

Uma vida radiante vem como conseqüência da presença e atuação de Deus em nós. A alegria vem quando encontramos com o Senhor. Quando o Senhor nos alcança em nosso caminho. Quando reconhecemos Jesus como o nosso redentor, ao verificar suas mãos traspassadas. Pois assim, é, “se alguém está em Cristo, nova criatura é. As coisas antigas já passaram, e eis que tudo se fez novo” (2 Co. 5:17). Ele perdoa o nosso passado, nos redime de nossa história de fraquezas e nos dá um extraordinário presente com prolongamentos para o futuro e para a eternidade.

Conclusão

Ninguém é capaz de lhe causar mal ou dano algum; a menos que o consintas. Ninguém tem domínio sobre sua vida, para torná-la miserável ou infeliz. Só Deus é soberano para nos dar o destino que bem lhe parecer. É como disse Jesus:

”Eu afirmo a vocês, meus amigos: não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas depois não podem fazer mais nada. Vou mostrar a vocês de quem devem ter medo: tenham medo de Deus, que, depois de matar o corpo, tem poder para jogar a pessoa no inferno. Sim, repito: tenham medo de Deus” (Lc. 12:4,5).

Só Deus é capaz de causar o dano ou fazer o bem. Ninguém! Nada pode nos privar do gozo de uma vida radiante. É como nos ensina Paulo:

“Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Ninguém! Porque ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas? Quem acusará aqueles que Deus escolheu? Ninguém! Porque o próprio Deus declara que eles não são culpados. Será que alguém poderá condená-los? Ninguém! Pois foi Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem foi ressuscitado e está à direita de Deus. E ele pede a Deus em favor de nós. Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte?” (Rm. 8:31-35).

“O fracasso não é cair. É ficar caído”.

“Deus nunca pergunta por sua capacidade ou incapacidade. Apenas por sua disponibilidade”.

“O riso é um tranquilizante sem efeitos colaterais”.

“Uma pitada de exemplo vale mais que um barril de conselhos”.

“Você pode ganhar mais amigos com seus ouvidos do que com sua boca”.

“Coloque cada fragmento de crítica entre duas camadas de elogios”.

“Noventa e nove por cento dos atritos diários são causados pelo tom de voz errado”.

“Uns se dizem ricos sem terem nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos” (PV. 13)7).

Publicado por: iranbernardes | junho 15, 2010

QUEM ESCREVEU O TEXTO ABAIXO?…. Cont…

Quem escreveu o texto abaixo?…  continuação

O conceito de “ igreja em casa ” oferece um cenário totalmente diferente . Quando um cristão se muda para um novo lugar , ele se muda com a compreensão de que ELE É a igreja . Que o seu lar é o lugar de reunião e que seu lar é o centro de evangelismo . Ele pode começar a testemunhar imediatamente para seus novos vizinhos e convidá-los a ter comunhão consigo em sua casa . Ele compreenderá que não precisa ser um especialista para conduzir um trabalho de forma simples .

Ele é o sacerdote junto a Deus . Ele saberá que poderá adorar a Deus em seu lar no “ partir do pão ,” muito embora esteja apenas com sua própria família no início . Ele saberá por ensinamento e por experiência que , como sacerdote de Deus , e sendo chamado por Deus para ser embaixador pessoal , ele possui o direito de batizar qualquer pessoa que vier ao Senhor através de seu testemunho .  

Nosso sistema tradicional, com seus programas altamente organizados, quase que exige um especialista ( um membro do clero ) para liderar o trabalho . A igreja do Novo Testamento era muito simples e informal . As únicas coisas necessárias eram dedicação ao Senhor Jesus Cristo , uma convicção de que o Espírito de Deus estava presente como ajudante e bastante conhecimento do Evangelho para compartilhar com outros .

Na maioria das igrejas atuais , os pastores têm muito pouco contato pessoal com seus membros . Sua supervisão recai mais sobre a estrutura organizacional a esta vinculado. Gasta-se mais tempo cuidando dos bens físicos do que das pessoas . 

Já está mais que na hora de a igreja deixar de se preocupar com o que TEM e começar a se preocupar com o que É e o que FAZ. A luz de Deus brilhará através da igreja com tal brilho que a comunidade perceberá sua presença . O que eles virem nas pessoas dedicadas a Jesus , vivendo uma vida decente e cheia do Espírito Santo , será muito mais atraente do que um templo em um local nobre da cidade !  

Uma das mais visíveis diferenças entre o conceito de “ igreja em casa ” e a igreja convencional é o que se refere à economia . Não há necessidade de gastar grandes quantias de dinheiro com propriedades . Quando a igreja não está sobrecarregada com despesas para as propriedades físicas , ela pode dar mais atenção aos que estão passando por necessidades .

Aquilo que realmente deveria atrair as pessoas seria a vida de um cristão dedicado. Disse Jesus :

“ Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens , para que vejam as vossas boas obras , e glorifiquem o vosso Pai , que está nos céus ” ( Mateus 5:16). Nenhum templo bonito pode fazer o mesmo que a vida dinâmica de um cristão cheio do Espírito Santo .

Até aqui apresentamos um plano para o progresso no trabalho missionário da igreja . Contudo , nenhum plano , não importa quão perfeito seja, pode garantir sucesso . É preciso que haja um elemento imprescindível . Se tudo for feito por intermédio do intelecto e dos recursos materiais do homem , muito pouco será alcançado. O Espírito Santo deve ser a força energizante por trás de todo esforço .

Extrato de textos do Livro

Padrão Para Crescimento

De Gerald S. Holmquist

“Todo meu trabalho tem sido realizado da maneira tradicional. Participei de uma sucessão quase interminável de reuniões para iniciar esquemas promocionais ; concursos de presença ; conferências ; campanhas evangelistas ; alugueis de prédios ; atividades sociais e esportivas ; projetos de construção de templos ; desanimei frente às necessidades financeiras para erguer prédios ; fazer bancos , armários , púlpitos , etc. Deve haver uma maneira melhor ! Meus esquemas , planos , projetos e promoções orientadas institucionalmente, obtiveram apenas sucesso parcial .

Quando a atividade da igreja está centrada em suas instalações , os membros tendem a transferir suas responsabilidades individuais de ganhar almas para o pastor e para a instituição . No lugar de dar seus testemunhos pessoais , os membros trazem descrentes para o culto para deixar que o pastor faça este trabalho por eles . O melhor testemunho ainda é aquele dado por um cristão dedicado em seu contato natural e cotidiano com os perdidos.

Templos são vistos pela igreja como o lugar de evangelismo . Ganhar almas é algo feito durante os cultos ao invés de lá fora no mundo onde as pessoas se encontram.

Templos promovem a idéia de que comunhão é apenas aquilo que acontece quando a igreja se reúne entre quatro paredes . A igreja é igreja aonde quer que esteja e não apenas quando está reunida em assembléia pública .

Quando a igreja é vista como uma entidade separada do lar , os pais tendem a transferir a responsabilidade da instrução religiosa dos filhos para a igreja institucional. No conceito bíblico, o lar deve ser o centro da instrução religiosa .

Templos separam efetivamente a igreja da comunidade à qual deveria servir . O trabalho da igreja fica engarrafado em um prédio . E quando o templo encontra-se distante dos lares dos membros é quase impossível conduzir os vizinhos consigo . A influência da igreja deveria ser maior na comunidade onde os cristãos residem.

No sistema convencional onde os membros dirigem-se a um templo para congregar , a comunidade onde os membros residem torna-se a menos influenciada.

As posses materiais da igreja e organização enfatizam o elemento humano no evangelismo mais do que o divino . Quando o Espírito de Deus enche a igreja , há progresso espontâneo independente da ausência de outras coisas que muitos consideram necessárias.

A igreja moderna dá aos homens chances de atividades que estão em boa parte enraizadas no lado material da vida da igreja ao invés do espiritual . Isto é uma tragédia .

Templos inibem a expansão espontânea da igreja através do mover dos Cristãos de um lugar para outro . Se uma família cristã se muda para uma nova comunidade , quanto tempo levará para aquela família iniciar uma igreja e prosperar no sentido tradicional onde se dá tanta importância a templos . Só o pensamento de um empreendimento tão tremendo desencorajaria muitos . A tendência será de se juntar a um outro grupo existente o qual já possui um templo . Quando o templo não é considerado uma necessidade , qualquer um pode iniciar uma nova igreja . Seu lar pode servir como uma igreja . Você pode exercer influência imediata em sua vizinhança .

Templos limitam a oportunidade para serviço . Templos tendem a colocar o treinamento de lideranças em um plano fora do natural . Até as crianças são treinadas desde a infância quando a igreja está no lar . As crianças aprendem vendo os pais no trabalho ativo para Cristo na comunidade imediata A comunhão cristã dos dias modernos é em grande parte uma comunhão criada artificialmente , manifesta principalmente em cultos para apoiar os programas oficiais da igreja e manter as engrenagens da organização funcionando.

Uma forma de descobrir se a verdadeira comunhão foi perdida é fazer um balanço e verificar quanta energia têm sido gasta em planejar e promover a comunhão .

 Se a igreja está gastando muito tempo planejando programas para atrair seu pessoal , promovendo concursos , realizando piqueniques e jantares , isto apenas indica que a comunhão está praticamente ausente .

É por causa da esterilidade da igreja que muitos membros estão encontrando outras maneiras de ter comunhão . Há um rápido crescimento da igreja “ alternativa ”.  Os que compõem a igreja alternativa são membros de igrejas que geralmente são muito fieis no sentido tradicional, mas que adquiriram um compromisso espiritual com Cristo mais profundo do que os membros ordinários da igreja .  

Já que a maioria dos membros da igreja em qualquer denominação são um tanto “ mornos ” para dizer o mínimo , o desejo por uma comunhão mais profunda com cristãos comprometidos leva os membros mais comprometidos a se reunirem em pequenas células de pessoas comprometidas.  

A liderança da igreja geralmente encara com desfavor ou animosidade este tipo de movimento . Aceitá-lo como legítimo é admitir que a comunhão ordinária não é o que deveria ser . A burocracia na igreja sempre foi lenta em reconhecer o que está errado com sua vida . Em especial , isto pode ser observado quando a igreja parece ser próspera e seu programa é executado de maneira altamente eficiente ( profissional ). \ 

Quando uma pessoa é levada a um pequeno círculo , devotado a oração e a um compartilhamento profundo de recursos espirituais , ela está bem ciente de que está sendo acolhida apenas pelo que é, já que o pequeno grupo não possui orçamento , não há oficiais preocupados com o sucesso de sua administração e nada para promover .”[1]  

Tenho firme convicção de que a igreja perdeu algo que era extremamente desejável quando se separou do lar . O lar oferece uma atmosfera que conduz à espontaneidade . Os cultos de adoração na maioria das igrejas não satisfazem porque a comunhão tornou-se algo planejado e estruturado”.

Gerald S. Holmquist, 1969 (Padrão Para Crescimento)

Compilação feita por Manoel Cutrim Filho

Publicado por: iranbernardes | maio 3, 2010

SABEDORIA DA CRIANÇA

EM ANEXO – CRIANÇAS_SÁBIAS – POWER POINT

Publicado por: iranbernardes | março 18, 2010

Vídeos MGM

Corsa da Manhã

Perdão e Desencontro

Mensagem de Fim de Ano

[http://www.youtube.com/watch?v=sQ6G9VDbjo8&feature=related]

Publicado por: iranbernardes | fevereiro 13, 2010

The Holmquists in Brazil

Gerald and Mary Holmquist in Brazil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Birth dates:

Gerald   July 23, 1927                                 

Date of Wedding: June 6, 1947

Mary     October 21, 1927

                       

Names of Children:

Rochia Dianne: Born February 24, 1949

Dennis Frederick: Born May 18, 1951

Relda Lee: Born February 4, 1954

Dean Roswald: Born August 3, 1956

Education

Forest Lake High School, Forest Lake,

Minnesota. Graduated in May, 1945

Studied at Minnesota Bible College,

Minneapolis, Minnesota, 1945 – 1947

Studied at Milligan College, Johnson City,

Tennessee, 1951 – 1953 Studies at

Ozark Bible College, Joplin, Missouri,

1968 – 1969. Graduated from Ozark, May, 1969.

Call to Brazil

            He was raised in a active Christian home and as a teen-ager felt called to the ministry.

Mary, his wife, was also from a Christian family and a member of the same church in Forest Lake. Both graduated from Forest Lake High School in May, 1945. Both matriculated in Minnesota Bible College in the Fall of 1945. While in College they became interested in foreign missions and participated in a missions club on campus. After two years in College they were married. and began 10 years of ministry in Painesville, Ohio, Bristol, Tennessee and Circle Pines, Minnesota. While in Circle Pines, contact with Bill Loft, missionary in Belem, Para, and Robert Smith, missionary in Belo Horizonte, Minas Gerais, created a renewed interest in missionary ministry with a subsequent, prayerful decision to move to Brazil.

Initial plans

Bill Loft was the man God used to reawaken Gerald and Mary’s call to missions. Because of Bill’s invitation to work with him in Belem, their plan was to join him in that city. However, during the year of preparation to move, four things brought about a change in destination. First: Bill and his family changed their location of work from Belem to Taguatinga in the Federal District. Second: when everything was ready to leave for Belem, no ships of any company were available that would stop in Belem. Third: a language school was available in Campinas and none existed in Belem. Fourth: It was learned that a Japanese ship would be sailing from Long Beach, California, to Santos within a few days. God works things out in His own way.

 

Date of Arrival in Brazil

Gerald and Mary left the seaport of Long Beach, California, on the Japanese immigrant ship Argentina Maru November 15,1959 and arrived in Santos, Sao Paulo, December 8th.

John Nichols, a missionary that had arrived in Brazil with his wife,  Betty and their children a few months earlier, met the ship and helped the Holmquists through customs and arranged for the shipment of their household goods to Campinas,

 

Language learning

Gerald & Mary attended the Escola de Português e Orientação in Campinas, Sao Paulo, for a year in order to learn to speak Portuguese. This school was a cooperative effort of the Baptist, Presbyterian and Methodist mission boards and was open to any Christian missionaries that desire to attend.

Location of  first ministry

While in language school contact was made with other missionaries in central Brazil to determine what would be the best place to live and begin a new work. At the time, Lew and Vida Cass were living in Taguatinga, DF and John and Betty Nichols in Goiania. Plans had been set in place to work jointly in an itinerant evangelistic outreach using a mobile audio-visual vehicle as a teaching tool as well as working in local churches where they lived. Since Lew lived in Brasilia and John in Goiania, it was decided that Anápolis would be a logical place to live in that it was located between the two cities. The Holmquists moved from Campinas in late April and arrived in Anápolis March 3, 196l. A truck was hired to move furniture. The family made the trip in their newly acquired automobile, a hard top 1930 Model A Ford.

Evangelistic work begins

Housing was the first requirement. Not finding a place to rent in the city, an abandoned house five mile out in the country was rented and cleaned. March, April and May of 1961 were spent in building a house in town. After moving in it was time to start the work for which they came to Brazil. The first meeting of a new church in Bairro Jundiai in Anápolis was held Sunday morning on July 23rd. Twelve people were present, six members of the Holmquist family, four neighborhood children and the grandmother of one of the children. At first, only a Sunday morning Sunday School was held. Later, evening meetings were added. All meeting were held in the Holmquist home until in December, 1962 when a small chapel was inaugurated. In addition to the local work in Taguatinga, Goiania and Anápolis, Lew, John and Gerald held outdoor evangelistic meetings in various locations, including Luziânia, Nova Abadiânia, Nova Glória and Fama, a bairro of Goiânia.

Length of service in Brazil

Gerald and Mary lived and served in Brazil from the end of 1959 through the middle of 1992 with the exclusion of periods back in the US for furloughs and other reasons. The 1968-1969 school year was spent teaching at Ozark Bible College as well as completing requirement for a degree. Gerald served for a year as president of the 1974 National Missionary Convention.

Churches started

            Church of Christ, Bairro Jundiai, Anápolis: 1961

Church of Christ, Ouro Verde: 1962

            Church of Christ, Bairro Alexandrina, Anápolis: 1963

            Church of Christ, Nova Abadiânia: ?

            Church of Christ, Pires do Rio, GO::1969

            Church of Christ, Nerópolis, GO: ? Working jointly with Pr. Iron Bernardes da Costa

            Church of Christ, Itapuranga, GO: 1984 Joint effort with Pr. Joaquim Pereira

            Church of Christ, Inhumas, GO: 1988 Joint effort with Pr. Carlos Lima

Note:: The Nova Abadiânia and Nerópolis churches did not survive. However, under the leadership of Pr. Hugo Queiroz of Anápolis, a new work was started in Nerópolis that is now thriving.

Observations about life  50 years ago in Goias.

 50 years ago the majority of Brazilians still lived in rural areas. Farms were filled with families working for the land-owners. Very little machinery was available. And much labor was done by hand. Ox carts were still in use. Poor housing was the norm with no electricity, indoor water or plumbing.Country roads were dirt and sometimes impassable in rainy season. Inter-city highways were poorly maintained and unpaved except from Goiania to Anapolis and Goiania south to the Minas border. City streets were unpaved except in the downtown areas. . Telephone service between the larger cities was poor. Connections were difficult to impossible. Automobiles were available mostly to the upper economic class. Education was sub standard and completing the 8th grade was considered adequate by many. There were only two universities in the state located in Goiânia. None in Anápolis.

50 years ago Women and girls did not wear slacks. Parents did not allow unmarried couples to be out by themselves. If they did meet, another member of the family was with them. The center of town was the place to meet on Saturday night for the “Vai-e-Vem”. The boys would congregate on the sidewalks and the girls would walk up and down in the street. The girls were usually accompanied by younger siblings.

 50 years ago, Brazil was a third world country, probably economically better than some  nations, but still called a sleeping giant, with many natural resources largely undeveloped. Most large industry was located in coastal cities. Brazil is now a dynamic first world country and the envy of many.

50 years ago most Brazilians were Catholic, Spiritist, or a mixture of the two. Evangelicals numbered maybe 10%. Churches were mostly small and made up of the poorer working class. Except for the Assembly of God, most churches were traditional Protestants. The charismatic movement was just in its beginning stages and was largely frowned upon.

Now the vast majority of Brazilian churches are Pentecostal or Charismatic. Teaching about the “baptism in the Holy Spirit” is no longer as anathema within the Protestant churches as it used to be. The total Protestant-Pentecostal-Charismatic community probably now comprises at least 30% of the population. Many new denominations have sprung up and have become a force in the country. The evangelical community is no longer small and poor. It is now large, influential and reaches all classes.

New ideas have infiltrated many churches. which carry to extremes some promises of scripture that results in too much emphasis being given to money. It’s the “Name it and claim it” doctrine, the “prosperity theology” and the pressure of giving of “first fruits.”

New forms of church government have also appeared. with an emphasis on spiritual authority and the use of special titles.

Publicado por: iranbernardes | janeiro 29, 2010

O PECADO BATE À PORTA, QUEM O DOMINARÁ?

Tiago 1:12-15; Romanos 6:12-14; Deuteronômio 22:8; Gênesis 4:7

“Feliz é aquele que nas aflições continua fiel! Porque, depois de sair aprovado dessas aflições, receberá como prêmio a vida que Deus promete aos que o amam. Quando alguém for tentado, não diga: “Esta tentação vem de Deus.” Pois Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos. Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte” (Tg.1:12-15).

“Portanto, não deixem que o pecado domine o corpo mortal de vocês e faça com que vocês obedeçam aos desejos pecaminosos da natureza humana. E também não entreguem nenhuma parte do corpo de vocês ao pecado, para que ele a use a fim de fazer o que é mau. Pelo contrário, como pessoas que foram trazidas da morte para a vida, entreguem-se completamente a Deus, para que ele use vocês a fim de fazerem o que é direito. O pecado não dominará vocês, pois vocês não são mais controlados pela lei, mas pela graça de Deus” (Rm. 6:12-14).

“Quando você construir uma casa, coloque uma grade de madeira em volta do terraço. Assim você não será culpado se alguém cair dali e morrer” (Dt. 22:8).

“Então o Senhor disse: Por que você está com raiva? Por que anda carrancudo? Se tivesse feito o que é certo, você estaria sorrindo; mas você agiu mal, e por isso o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo” (Gn. 4:6,7).

Introdução

A epístola de Tiago é a primeira de um conjunto de cartas endereçadas aos Cristãos em geral e não a uma igreja, em particular. Isto é está evidente nas palavras do prefácio, “às doze tribos que se encontram da dispersão…” (1;1).

Esta é uma carta fundamentalmente prática. Ela trata de itens vitais da fé cristã e não se preocupa com as especulações infrutíferas do saber humano. Foca o código essencial da fé cristã, como por exemplo, “Se a salvação é um dom gratuito de Deus, então não importa como vive o cristão”. Na mente do autor da carta não paira dúvida alguma, pois deixa claro que importa, sim, como deve viver o cristão. Inclusive, é pelo estilo de vida que se conhece o caráter cristão de uma pessoa. Nosso padrão de vida cristã afeta todas as nossas atitudes para conosco mesmos, para com os outros e para com Deus. O que Deus espera é que não haja discrepância entre o que professamos com a boca e o modo como vivemos. Tiago, em sua carta, nos adverte a que tenhamos um padrão genuíno para nossa fé cristã com seus valores morais para todas as áreas de nossa vida.

Todos nós já notamos como é fácil deixar de lado os valores e padrões; como é fácil permitir que o mundo nos pressione aos seus moldes; como é fácil ser conduzido a crer que admitir que não existe o absoluto, mas que tudo é relativo. O mundo nos diz que não há código moral algum.

O apóstolo Tiago foi inspirado por Deus para exortar aos Cristãos da Dispersão que para eles existia, sim, um padrão de Deus para a vida cristã, e nós somos também os destinatários secundários dessa carta. Nós necessitamos hoje, mais do que nunca, das normas espirituais dessa carta, pois o pecado bate à nossa porta, e o Espírito Santo em nós, espera que o resistamos.

De quem é a culpa?

Entre os Judeus havia uma convicção de que toda pessoa tem uma propensão para o pecado. Agora, nessa carta, Tiago repreende os cristãos que querem colocar a culpa ou responsabilidade da tentação, sobre Deus. Na verdade, nos parece também, que em cada ser humano reside duas tendências, uma para o bem e outra para o mal. Segundo escritos apócrifos, a tendência para o mal era chamada yetser hara  e a tendência para o bem, yetser hatob. Embora os investigadores não soubessem explicar bem a natureza e a origem dessas propensões, eles ficavam abismados ao observarem a monstruosidade dos efeitos devastadores do yetser hara, a inclinação para o mal; e assim, eles exclamavam, “O, yetse hara, por que você enche a terra de tanta decepção!”

De acordo com a percepção judaica, a tendência maligna procedia de Satanás, e a defesa do ser humano contra ela dependia essencialmente da sua própria vontade. Os judeus diziam também, que “Deus fez o homem (mulher) desde o inicio e o deixou nas mãos de Satanás que o fez seu refém. Deus o deixou sob o poder de sua própria vontade. ‘Se tu quiseres, tu deves querer observar os seus mandamentos, pois o cumprimento deles será a sua realização’”.

A crença tradicional dos judeus sobre a tendência do mal remonta à época de Adão e Eva, no jardim do Éden. Uma obra chamada A Vida de Adão e Eva conta estória:

“Satanás tomou a forma de um anjo e, falando através da serpente, colocou em Eva o desejo pelo fruto proibido e a fez jurar que ela daria do mesmo fruto ao companheiro, Adão. “Quando ele me fez jurar”, disse Eva, “ele subiu em uma árvore; e, no fruto que me deus para comer ele colocou o veneno da sua malícia, quer dizer, o veneno da sua lascívia. A lascívia, ou a concupiscência é o começo de todo pecado. Então, Satanás abaixou um galho da árvore para a terra, ao meu alcance, e eu peguei uma fruta e comi”.

De acordo com essa estória, Satanás teria sido o responsável pela inserção da tendência maligna no ser humano e essa tendência é identificada com a própria lascívia da carne. Então, de acordo com essa estória, o começo de todo pecado está de fato na lascívia que Satanás lançou em Eva.

Os apócrifos trazem ainda, duas teorias sobre a origem e responsabilidade da inclinação maligna no ser humano. Uma diz tudo vem e é da responsabilidade dos anjos caídos; a outra diz que o próprio ser humano é o causador e responsável. Dizem, “O pecado não foi enviado sobre a terra, mas o próprio homem o criou”.

Vamos pensar um pouquinho. Satanás pode ter sido o causador e ser o responsável; os anjos caídos, por sua vez, podem ter tido sua participação ou terem sido os próprios causadores de todo o desastre; o próprio ser humano, também pode ter sido o protagonista de tudo, trazendo sobre si mesmo, a danada da lascívia.

Antes de nos aventurarmos a uma conclusão, vejamos mais um postulado sobre a questão. Os rabinos antigos diziam que, desde que Deus criou todas as coisas, também deva ter criado a tendência maligna no ser humano. Eles afirmavam, “Deus disse, estou arrependido de ter criado a tendência maligna na humanidade; pois se eu não tivesse feito isso, o homem não teria se rebelado contra mim. Eu criei a inclinação maligna; eu criei a lei como meio de solução do problema. Se você cumprir a lei, você não cairá no poder da lascívia”.

Os rabinos diziam também, que “Deus colocou a tendência boa na mão direita do homem, e a tendência maligna, na esquerda”. Teorias confusas e perigosas; cheias e detalhes traiçoeiros.

Essas teorias, com alguns aspectos corretos e outros nitidamente não ortodoxos – heréticos – , tendem a levar-nos a concluir que, em última análise, o ser humano tenha alguma legitimidade para culpar Deus por sua própria tendência maligna e pelo seu pecado. Não é de se estranhar que a humanidade não assume sua responsabilidade, nem pela tendência maligna, nem pelo pecado. Isso é o que chamamos de evasão moral.

Evasão da responsabilidade

Desde os tempos mais remotos, o ser humano vem ser tornando especialista e em fugir das responsabilidades. Voltemos à mais antiga e mais clássica das evasões. “Aí Deus perguntou:

– E quem foi que lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu a fruta da árvore que eu o proibi de comer? O homem disse: – A mulher que me deste para ser a minha companheira me deu a fruta, e eu comi. Então o Senhor Deus perguntou à mulher: – Por que você fez isso? A mulher respondeu:

– A cobra me enganou, e eu comi” (Gn. 3:11-13).

Um poeta por nome Robert Burns, retratou a evasão e justificativa do ser humano, assim:

“Tu sabes como me formaste

Cheio de paixões selvagens e indomáveis;

E ouvindo suas sedutoras vozes

Sempre me guias ao erro”.

O ser humano,nós, estamos afirmando que nossa conduta é como tal porque Deus nos criou com tais paixões. Estamos constantemente nos evadindo e culpando os outros; culpando as circunstâncias; culpando as ofertas; culpando as facilidades; explicando que tudo foi porque “o galho da árvore estava tão ao alcance”.  Em última análise, a culpa é sempre lançada sobre Deus.

Foi para corrigir essa distorção que o apóstolo Tiago escreveu sua contundente carta.

“Quando alguém for tentado, não diga: “Esta tentação vem de Deus.” Pois Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos” (1:13,14).

“Não se enganem, meus queridos irmãos. Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador das luzes do céu. Ele não muda, nem varia de posição, o que causaria a escuridão. Pela sua própria vontade ele fez com que nós nascêssemos, por meio da palavra da verdade, a fim de ocuparmos o primeiro lugar entre todas as suas criaturas” (1:16-18).

O Espírito Santo testifica através do apóstolo que o responsável pela lascívia e a inclinação maligna é o próprio ser humano, isto é, cada um de nós. O pecado não teria como se efetivar na nossa vida se não fosse nossos desejos malignos, os quais clamam dia e noite por satisfação.

Os desejos que militam em nossa carne são ao mesmo tempo, suscetíveis de ser estimulados e também, reprimidos; podem ser alimentados, como também, sufocados. O apóstolo Paulo também ensina que os desejos da carne, suas inclinações e as tentações que sofremos, podem ficar debaixo de certo controle, como explica em 1 Coríntios 10:12,13:

“Portanto, aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair. 13As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela”. E no inicio do verso 14, Paulo deixa uma boa sugestão, ou mesmo uma ordem, “Por isso, meus queridos amigos, fujam…”

E ainda, nada pode resistir à hamrtiologia (doutrina do pecado) ensinada pelo próprio Deus, quando lecionou a Cain, “Por que você está com raiva? Por que anda carrancudo? 7Se tivesse feito o que é certo, você estaria sorrindo; mas você agiu mal, e por isso o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo” (Gn.4:7).

Tragédia

Cedendo, o que acontecerá? Desejos se transformam em ações. A obra A Vida de Adão e Eva diz que quando Eva comeu do fruto ela sujeitos-e subitamente à morte. É muito interessante observar a palavra empregada por Tiago para se referir a esse gênero de morte. Ele diz, “Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte” (1:15).

Precisamos olhar com cuidado essas palavras para percebermos o sentido ético e espiritual dos fatos. Uma outra versão contribui para uma melhor compreensão. “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg. 1:15 ARA).Tiago usa as palavras “concebido”, “dá à luz”, e “gera”. Temos aqui a idéia do processo biológico do nascimento. Embora esses termos sejam aplicáveis à experiência humana, no Grego, segundo alguns estudiosos, esses termos são aplicados para a concepção, geração e parto de animais. Especificamente “dá à luz”, “parir”, aqui é uma expressão indicando o trabalho de algum animal “parindo”. Vejamos novamente, a sequência: “a cobiça fica ‘prenha’, e “pare” o pecado; este, depois de crescido, “desova” a morte. Ah! Se pudéssemos perceber o significado e a profundidade e a gravidade de darmos lugar à lascívia e aos desejos malignos em nossas mentes e corações!

O apóstolo Tiago usa as palavras do camponês e criador de animais para descrever o que acontece àquele que cede aos desejos da carne. Quando nós nos entregamos ao domínio da lascívia e dos maus intentos da nossa carne; quando o pecado reina sobre nós, aí somos reduzidos e degradados e nos tornamos muito menos que seres humanos; nessa condição somos equiparados às vacas e touros de Basan, e  a leões famintos e devoradores os quis sem piedade, afrontavam o Filho de Deus quando pendurado na cruz, como descreve o Salmo 22 (Fazer a leitura).

Sob essa vergonha e essa dor que sofreu e ainda sofre por causa dos nossos pecados, o Senhor nos exorta e corrige em termos firmes, como vemos em Oséias 4:15-19:

O povo de Israel está sendo infiel a mim, mas espero que o povo de Judá não seja culpado do mesmo pecado. Não adorem em Gilgal ou em Bete-Avém, nem façam ali promessas em nome do Senhor Deus, que vive para sempre. O povo de Israel é teimoso como uma vaca brava. Não posso cuidar do meu povo como um pastor cuida das ovelhas num pasto grande. O meu povo se entrega à adoração de ídolos, e não se pode fazer nada quanto a isso. Eles ficam embriagados e se entregam à imoralidade, levando assim uma vida de desonra. Um vento os carregará para longe, e ficarão com vergonha da sua idolatria.

Glória

O apóstolo Tiago não é tão pessimista. Ele é usado por Deus para nos trazer esperança. Ele nos alimenta a esperança de uma coroa. A coroa da vida. Propositadamente, fizemos uma inversão nesta mensagem. Deixamos seu início para o fim. É sempre bom terminar com esperança e alívio.

Nosso mestre, Tiago, no verso 12 do capítulo primeiro, faz uma preparação para depois apresentar toda a substância ético-espiritual da sua teologia do pecado. Achei por bem deixar o início para o fim como que uma deliciosa sobremesa.

 “Feliz é aquele que nas aflições continua fiel! Porque, depois de sair aprovado dessas aflições, receberá como prêmio a vida que Deus promete aos que o amam”. Para nosso melhor proveito, tentei uma tradução do grego, com auxilio do Inglês. Ficou assim, “Abençoado (makarios) é aquele que resiste o poder da tentação (peirasmon), permanecendo estável e calmo, porque depois de tornar-se aprovado (dókimos), recebe a coroa (stephanon) da vida (zoe), a qual Deus prometeu aos que o amam”. Nosso texto é claro em afirmar que aqui se trata de tentação e não provações comuns. O permanecer estável e calmo significa que nenhuma mudança ocorreu nem no estado físico, nem no emocional, nem na estrutura moral, nem na estabilidade familiar, nem nos relacionamentos. Não houve destruição; não houve vergonha; não houve intimidação; não houve briga; não houve separação; não houve constrangimento. Ele permaneceu. Esta idéia de permanecer é a mesma idéia da estabilidade do casamento, nos relacionamentos, no trabalho, na célula, na igreja, em casa, nos estudo, etc.

Aquele que enfrenta e vence as tentações será abençoado, bem aventurado (makarios) e receberá a coroa da vida.

Na vida presente ele virá a ser uma pessoa conhecida como alguém que é uma coluna. Nos antigos palácios da Grécia as colunas eram em formato de homens e mulheres, com o dorso das mãos sobre a cabeça e a palma das mãos para cimo, como que sustentando todo o peso do prédio. Aquilo representava a firmeza do caráter das pessoas. Eles eram dókimos, eram os aprovados. Eles eram como o aço purificado no fogo, livre de misturas e impurezas; eram pessoas de quem as podridões do caráter foram erradicadas, e agora estão aptos a sustentarem suas vidas, seus cônjuges, seus filhos, seu rebanho, seu povo, sua nação.

Na vida porvir eles receberão a coroa (stephanon) da vida. Nos tempos antigos a coroa era associada ao menos quatro grande situações.

Primeiro, havia a coroa de flores, que eram usadas em ocasiões de alegria, como em casamentos e festas.  Um exemplo está em Cantares 3:11, “Mulheres de Sião, venham ver o rei! O rei Salomão está usando a coroa que recebeu da sua mãe no dia do seu casamento, naquele dia de tanta felicidade”.

Havia a cora real. Usada pelos reis e por outros investidos de autoridade. Em geral, eram coroas de ouro, às vezes, de faixas de linho branco, usadas na fronte das cabeças (Salmos 21:3).

Havia as coroas de folhas de louro, ou laurel, que eram as coroas das vitórias obtidas nas competições, as quais eram muito cobiçadas pelos atletas. O apóstolo Paulo escreveu sobre esse tipo de coroa.                                 “E agora está me esperando o prêmio da vitória (a coroa da justiça), que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda” (2 Tm.4:8).

Havia um tipo de coroa que simbolizava dignidade e honra. A honra adquirida pelo ensino dos pais, por exemplo (Pv. 1:9); era a coroa destinada àqueles se portavam com sabedoria e correção (Pv. 4:9). Nos tempos antigos, em ocasiões de derrotas, instabilidades  e desonra, usava-se dizer, “A coroa caiu de nossa cabeça”, que em Lamentações está com outras palavras,  “Nada sobrou daquilo que era o nosso orgulho. Nós pecamos e estamos condenados” (Lm. 5:16).

Todas as coroas estão incluídas na coroa da vida daqueles que vencem as tentações e o pecado. O cristão vencedor tem todas as coroas; a dos tempos de júbilo, pois estamos sempre em festa; temos a coroa da realeza, pois fomos feitos filhos do Rei; temos a coroa da vitória, pois somos atletas fiéis de Cristo; temos a coroa da dignidade, pois fomos justificados pelo sangue do Cordeiro.

Conclusão.

Que coroa é essa? É a coroa da vida. Ela consiste da vida. Tiago nos assegura de que aquele que permanece firme e vence os desejos da carne e o pecado, receberá a Coroa da vida. Finalizemos com um aviso solene:

“Escutem! – diz Jesus. – Eu venho logo! Vou trazer comigo as minhas recompensas, para dá-las a cada um de acordo com o que tem feito… Felizes as pessoas que lavam as suas roupas, pois assim terão o direito de comer a fruta da árvore da vida e de entrar na cidade pelos seus portões! (Ap. 22:12 e 14).

“Eu venho logo. Guardem o que vocês têm, para que ninguém roube de vocês a coroa da vida, o prêmio da vitória” (Ap. 3:11).

Publicado por: iranbernardes | janeiro 29, 2010

DIGNO DE HONRA

Introdução e Cumprimentos

A Dignidade do Matrimônio é requerida por Deus na sua Palavra. Como servos de Deus somos exortados a dar ao matrimônio toda a dignidade que ele merece e requer. Deus assim determinou para nosso próprio bem e para que também Ele, como instituidor e senhor do casamento, seja honrado.

Nesta noite de rara beleza e felicidade para esse lindo casal, Ana Paula e Fabrício, estamos aqui na presença de Deus e destas ilustres testemunhas e queridos convidados, para unir, pelos laços matrimoniais, este precioso casal.

A todos os presentes a nossa saudação em Cristo Jesus. Sintam-se à vontade para desfrutarem deste monto tão sublime. Durante os próximos minutos estaremos presenciando uma maravilhosa obra de Deus sendo realizada. A união em “uma-só-carne” entre um homem e uma mulher, segundo os desígnios de Deus.

A Cerimônia

Ana Paula e Fabrício, bem vindos à presença de Deus. É mais do que justo vocês pedirem dele sua bênção sobre o vosso casamento. Fiquem à vontade e confortáveis, pois estais no lugar mais seguro do mundo, no altar, onde Deus estará ministrando carinhosamente a cada um de vocês e aos dois ao mesmo tempo.

A Dignidade do Matrimônio     

O que faz um casamento digno? Para responder a essa pergunta quero compartilhar alguns valores essenciais ao casamento.

Vontade

Vontade é o primeiro atributo de uma pessoa. É através dela que tomamos nossas decisões e conduzimos nossa vida ao seu destino. Para que a vontade seja plena ela inclui vários passos até que possa se realizar. Primeiro, concebemos uma idéia. Isto pode ocorrer a partir de uma sugestão, de uma descoberta, de uma imaginação. Creio que seja fácil para vocês se lembrarem do momento da descoberta que fizeram um do outro. Aquele momento que parecia não ter a menor pretensão,  evoluiu para um relacionamento afetivo. Depois veio a idéia de um possível casamento, e essa fase deu lugar às ponderações, em que vocês colocaram na balança os “prós” e os “contras”. Então, estavam já próximos de tomarem uma decisão. Finalmente chegaram ao ponto de poderem dizer uma palavra quase mágica. Uma palavra tão pequena, mas que é decisiva, a palavra sim. Agora a vontade de vocês está sendo realizada. Certamente não haveria um lugar e uma situação melhor do que esta noite, aqui, para vocês expressarem essa santa vontade que Deus colocou em vossos corações. Isto faz a grande diferença.

  Temos um versículo bíblico que toca neste assunto em Efésios 5:31. Ele diz, “Eis porque deixará o homem a seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne”. Esse “deixar seu pai e sua mãe” é aplicável a ambos, tanto ao homem como à mulher, e, isto é feito pelo exercício da vontade livre.

Então, essa vontade livre e santa, sujeita à vontade de Deus é um dos valores que dignifica e honra o matrimônio em geral e o de vocês em particular.

Além de tudo, essa vontade racional, é também a vontade romântica. A noiva a expressa em sentimentos e palavras como a noiva de Eclesiastes: “Eu ouço a voz do meu amado; ei-lo aí galgando os montes, pulando sobre os outeiros” (2:8). E o noivo também fala: “Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem” (2:10).

Solenidade

O caráter solene do matrimônio significa que ele só pode ser celebrado por autoridade competente. Os nubentes precisam comparecer perante o magistrado ou outra autoridade que lhe represente, de acordo com a lei. Esse preceito é igualmente requerido em se tratando de cerimônia matrimonial religiosa. O casamento cristão por excelência requer a presença dos noivos perante um ministro do Evangelho e de testemunhas, em lugar público e de livre acesso às pessoas.

Então, Ana Paula e Fabrício, aqui estamos; vocês, as testemunhas, as pessoas convidadas e nós, ministros do Evangelho, como servos de Deus e das normas do país, para que juntos possamos proclamar, alto e em bom som, que vocês estão casado. Esta é uma outra maneira de honrar e dignificar o santo matrimônio, isto é, através de uma solenidade.

Estabilidade

Uma palavra muito empregada pelos pastores em casamentos que define bem estabilidade, é “até que a morte os separe”.

Uma vez convictos de que a vontade de vocês é esta, a de se casarem, para que o vosso matrimônio seja digno de honra, o que ele precisa é de estabilidade, ou em outra palavra, indissolubilidade. Esse valor é ensinado por nosso Senhor Jesus e registrado pelo evangelista Mateus, onde reza, “De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe homem” (Mt.19:6).

De acordo com a legislação pátria, o casamento não carrega mais essa estabilidade como o foi no passado. Diante da lei o casamento é um contrato bilateral em que qualquer das partes pode se arrepender a qualquer momento, sem grades ônus. É uma lástima, pois as leis não só normatizam situações do dia-a-dia de um povo, mas também incentiva a outros padrões comportamentais. O plano de Deus, entretanto, para o casamento, desde o princípio, é a estabilidade. Para dignificar e honrar o matrimônio e a Deus, precisamos lutar por sua manutenção.

Exclusividade   

Exclusividade matrimonial significa que cada cônjuge tem a consciência de pertencer unicamente ao outro e  viver de acordo com tal entendimento. A vida íntima é compartilhada exclusivamente entre os  cônjuges. A experiência conjugal não extrapola a vida dos dois. Na cerimônia de casamento os nubentes são declarados casados e isto implica em uma severa exclusividade de um para o outro.

O apóstolo Paulo lecionou sobre isso. Ele assim afirmou, “… mas por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (I Coríntios 7:2). Para expressar essa atitude em palavras de amor, você, Ana Paula, poderia fazer como a amada de Cântico dos Cânticos: “Eu sou do meu amado e ele é meu, sua bandeira sobre nós é o amor”. E o Fabrício poderia dizer: “Tu és toda formosa, querida minha, em ti não há defeito” (Ct.4:7).

Exclusividade é pertencer e viver só para o cônjuge naquilo que se refere às relações matrimoniais, especialmente na intimidade, bem como nas intenções e inclinações dos desejos lascivos. Viver em exclusividade dignifica e honra o seu casamento, dignifica e honra vocês e também a Deus.

Mutualidade   

Mutualidade é um estilo de vida em que o casal compartilha sua vida e serve um ao outro. Cada um se vulnerabiliza e se entrega ao outro em sã consciência, de acordo com as Escrituras Sagradas, em liberdade, paz e conforto. Suas vidas são compartilhadas nas áreas espiritual, afetiva, material e física.

Na área espiritual uma das melhores maneiras de se praticar a mutualidade é orando juntos e um pelo outro. Na área afetiva, é sempre muito importante abrir o coração e compartilhar desejos, aspirações, preocupações, tentações e vitórias. No campo material o casal compartilha dos frutos do trabalho, dos investimentos, das aquisições e do seu crescimento econômico-financeiro. Durante a vida vocês serão surpreendidos por tantas bênçãos de Deus que nem poderão enumerar. Na sua vida física o casal se ministra nas suas necessidades íntimas bem como nas situações de limitações ou enfermidades, servindo como sacerdotes um do outro.

Também sobre isso o apóstolo Paulo ensinou: “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido… Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente vos ajunteis, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência” (1 Co. 7:5).

Mutualidade é servir um ao outro. É fazer boas concessões; é estar em acordo; é não oferecer resistência; é não fazer pirraça. Isto traz dignidade e honra para o vosso casamento e para Deus.

Que Deus vos abençoe em todos os dias da vossa vida e que em cada dia possam trazer mais e mais glória, dignidade e honra ao vosso matrimônio, por nosso Senhor Jesus Cristo.

Votos e Promessas e o ato da aliança (A dinâmica do dedo da aliança)

Ana Paula, você quer receber Fabrício como seu único e exclusivo marido, prometendo amá-lo, cuidar dele, ser-lhe submissa e guardar fielmente sua aliança com ele até que a morte os separe? Então, para selar seus votos e sua aliança com ele, coloque este anel no dedo apropriado da mão esquerda dele, para assim recebê-lo como seu marido.

Fabrício, da mesma forma, você quer recebe Ana Paula como sua única e exclusiva esposa, prometendo amá-la, cuidar dela, dedicando-lhe seu amor e guardar fielmente sua aliança com ela até que a morte os separe? Então, para selar seus votos e sua aliança com ela, coloque este anel no dedo apropriado da mão esquerda dela para recebê-la como sua esposa.

Agora estão casados. Lembrem-se, o que Deus uniu, não o separe o homem. Que Deus vos abençoe agora e para sempre.

Oração Final, e a Bênção.

Publicado por: iranbernardes | novembro 23, 2009

A Cruz: O Centro do Eterno Propósito de Deus

“E EU, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” (1 Coríntios 2:1-5). 

Entramos no século XXI recebendo uma herança que tem tornado a vida e os relacionamentos humanos cada vez mais difíceis. A carência afetiva, a indiferença, a dureza do coração e a crueldade marcaram o fim do século XX, gerando uma sociedade cada vez mais individualista e egocêntrica.  O egocentrismo, exacerbado em nosso tempo, é uma característica que situa a pessoa no centro do mundo, considerando as demais coisas e as outras pessoas como secundárias e insignificantes, e costuma lançar sobre os outros, a causa de tudo o que acontece de ruim.   O afrouxamento da disciplina e das obrigações que anteriormente levavam à renúncia aos desejos individuais, quando se opunham à vontade dos pais ou cônjuges, acentuou o egocentrismo. Hoje a incompreensão está deteriorando as relações entre pais e filhos, marido e esposas, entre vizinhos, e colegas de trabalho. O egocentrismo expande-se como um câncer na vida cotidiana, provocando calúnias, agressões, homicídios psíquicos (desejos de morte) entre outros males.   Isso não é diferente do que o apóstolo Paulo constatou falando a respeito de como seria o “fim dos tempos” escrevendo que:  “…nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes,… desobedientes aos pais, … caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem… mais amigos dos prazeres que amigos de Deus….” (2 Timóteo 3:1-5).   Diante desse cenário, será que há lugar para a Cruz?   Cremos que precisamos fazer como o apóstolo Paulo, pregar Jesus Cristo e este crucificado. Precisamos compreender o lugar da Cruz, o seu significado e a sua aplicação, pois somente a Cruz é o remédio para o câncer do egocentrismo dos nossos dias. Devemos entender que a mesma Cruz que era escândalo para os judeus e loucura para os gregos, continua sendo escândalo e loucura para todos os que buscam viver a fim de agradarem a si mesmos.    Neste capítulo nos propomos a indicar qual o verdadeiro lugar da Cruz. Pois mais que um símbolo histórico, a Cruz é um princípio eterno. E para isso, vamos buscar o que estava no coração do Pai, ainda na eternidade, que o motivou a formar todas as coisas. Então, veremos que a Cruz ocupa o centro no Eterno Propósito de Deus.      

Entendendo o Eterno Propósito de Deus

Para entendermos o Eterno propósito de Deus, é necessário quebrar o paradigma de que tudo circula em torno do homem. Até nos círculos cristãos, o ser humano tem ocupado o lugar central. O culto, a pregação e tantas outras atividades são realizadas para produzir bem estar e conforto.    No entanto, quando lemos o texto de Paulo aos Romanos, “Porque dele e por meio dele e para Ele são todas as coisas, a Ele, a glória eternamente. Amém.” percebemos sua compreensão a respeito da paternidade de Deus como origem de todas as coisas bem como a centralidade de Cristo no Universo. Paulo entende que a “paternidade é o fator que determina o plano, o propósito e a intenção de Deus” (Fromke, 1993).   Esse conceito de Paternidade é expresso pelo Dr. James da seguinte forma:   “A Paternidade de Deus no conceito cristão não teve sua origem na relação de Deus com o mundo ou com o homem, ou com o céu, ou na relação de Deus com os crentes. Deus era Pai antes de relacionar-se com o mundo e com os crentes. Ele é Pai em si mesmo, o Pai Eterno… Se você deseja encontrar o florescer supremo da paternidade no coração de Deus, você deve procurá-lo na relação com o seu Filho eterno e unigênito. É com esse amor de Pai, do qual o objeto primordial é o Filho, que Deus volta-se para o mundo e procura criar homens e ‘mulheres’ que possam compartilhar disso.”. (Extraído do livro O Supremo Propósito de Devern F. Fromke).   É partindo da perspectiva da Paternidade divina que podemos compreender o que estava no coração de Deus. Paulo escrevendo aos Efésios deixa claro que há um propósito eterno no coração do Pai, antes mesmo de toda a criação, quando diz:  “…assim como nos escolheu em Cristo, antes da fundação do mundo…e em amor nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo,…desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele,… todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo…” (Efésios 1:3-14).   A despeito do fracasso da humanidade, o Eterno Propósito de Deus nunca foi alterado. Antes mesmo dos tempos, ainda na eternidade, Deus, o Pai já tinha um propósito, o de “fazer convergir para Cristo, o Filho, todas as coisas”.   Isto é algo que ocorre na eternidade e não é afetado pelo tempo e nem pela queda do homem. O Pai já o vê como consumado, e o Filho tem uma relação muita estreita com este eterno propósito. Paulo descreve a centralidade de Cristo, mostrando que o Pai preparou todas as coisas para Ele, antes de tudo existir. “Deus nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis… Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia…”  (Colossenses 1:13-22).  Será que podemos ouvir e imaginar uma conversa entre o Pai e o Filho na eternidade?  “Filho, você é a minha alegria e prazer, eu fico satisfeito com sua obediência, e com sua vontade em me agradar. Eu quero honrar você, meu Filho, eu quero ter outros filhos semelhantes a você, que nos honrarão, que nos darão glória, que nos conhecerão e nos amarão”. 

 Uma família, Um povo

   Deus demonstrou esta intenção de maneira mais evidente quando chama Abraão e lhe faz promessas. Através da sua descendência, todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:1-3).   Mais a frente, com Moisés, Deus liberta os descendentes de Abraão, o povo de Israel, a fim de que seja uma Nação separada para fazer a Sua vontade.  “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo”  (Êxodo 19:5-6).   Neste texto, Deus expressa claramente o seu propósito: ter para si uma família, um povo. Deus, um ser santo em busca do relacionamento com o povo eleito, requer uma resposta compatível com o Seu caráter. E mesmo quando faltava a compreensão e resposta adequada, por parte do povo, o amor de Deus se movimenta em direção ao cumprimento da sua vontade.   E nós, hoje, somos descendência de Abraão, pela fé, somos exatamente este povo, “um povo adquirido por Deus, propriedade exclusiva, nação santa, sacerdócio real, a fim de proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. É através deste povo que Deus em Cristo quer se expressar aqui na terra e viver com estes filhos, por toda a eternidade.   Este é o propósito de Deus, todos nós e todas as coisas convergindo para o Filho. Ele está formando uma família de filhos semelhantes a Cristo.  “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Romanos 8:28-30).   Essa família está sendo preparada para compartilhar com Deus, a sua vida, sua natureza, seus desígnios e propósitos. Assim como na eternidade, o Pai compartilha sua vida e sua glória com o Filho, esta também é a sua vontade para todos nós, os que cremos. Ele quer que compartilhemos de tudo o que diz respeito a Ele, tanto do sofrimento como da sua glória, tanto da sua escassez como da sua herança, tanto da cruz como da ressurreição, tanto da sua humilhação como do seu governo, conforme Paulo escreve aos Romanos: “… se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se com ele sofremos, também com Ele seremos glorificados.” (Romanos 8:14-17).  Agora que entendemos um pouco do Eterno propósito de Deus, sob o olhar da Paternidade divina, por que podemos afirmar que a Cruz ocupa lugar Central?   

A Cruz Eterna

Cremos que a Cruz é central porque antes de ser um acontecimento histórico, a Cruz é um princípio eterno, e está relacionado ao conceito de Aliança. Nós sabemos que aliança é uma motivação subjetiva, nasce no interior do ser. A aliança surge no íntimo da pessoa, que passa a ter uma disposição para dedicar-se ao interesse de alguém. É uma disposição unilateral, onde o cumprimento independe da performance das partes.     A cruz também expressa essas características, ela é inerente ao próprio Deus, que sempre teve uma disposição espiritual para dar, para servir e para compartilhar. A Cruz é a maneira de Deus agir, é uma atitude interior, é o modo como Deus se relaciona na Trindade: O Filho vive para o Pai, o Pai planeja para o Filho e o Espírito se dedica na atividade de revelar o Filho e realizar a obra do Pai. Esse servir e compartilhar é um princípio divino, expressivo em Deus. Esse é o princípio da Cruz, a Cruz Eterna.   Como vimos acima, antes mesmo da criação, o propósito de Deus era por meio do Filho, ter uma família, um povo especial, onde as pessoas se tornassem como Cristo. Com isso em mente, Deus criou Adão e Eva, para através deles formar esta grande família, que deveria abraçar o modo de vida de Deus, ou seja, esta família deveria viver sob o princípio da Cruz. Viver com o objetivo de servir, de dar e compartilhar. E esta seria a base real de comunhão com Deus e entre toda a humanidade.   No entanto, esse princípio da Cruz não poderia ser imposto, mas deveria ser um convite, e através do exercício de uma escolha moral, Adão e Eva começariam a crescer nesse princípio, e Deus se revelaria mais profundamente a eles. Esta escolha foi representada pelas duas árvores: a árvore do conhecimento do bem e do mal e a árvore da vida.   Caso compartilhasse da árvore da vida, em obediência ao Pai, Adão e Eva poderiam entrar na vida de Deus e na verdadeira liberdade, e o propósito e intenção de Deus estariam sendo gravados em seus corações. Ao alimentar-se da árvore do conhecimento do bem e do mal, eles escolheram seguir o seu próprio caminho, desenvolvendo a sua vida natural independente de Deus, exercitando seus direitos de liberdade, buscando seus objetivos particulares. A queda, esta atitude de desobediência, este episódio na vida da humanidade foi o que tornou a Cruz, uma necessidade histórica.   

A Cruz Histórica

Através da escolha (mal feita) de Adão e Eva, eles ficaram cegos para o caminho de vida oferecido por Deus. Além disso, todos nós sofremos as conseqüências daquela escolha: “Maldita é toda a terra por sua causa”. Em Adão, todos nos tornamos pecadores.     “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram… Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.” (Romanos 5:12, 17-19).   Com o pecado de Adão, toda a raça ficou prejudicada, todos os seus descendentes tornaram-se incapazes de viver o propósito de Deus. A Cruz eterna, então, torna-se necessária na história. Deus envia Jesus ao mundo, que assume a forma humana.     A partir daí, Deus começa a implementar o Seu plano de redenção do ser humano e de restauração de toda a criação. A morte de Cristo na Cruz do Calvário torna-se sem dúvida, outra razão que faz da Cruz o centro no Eterno Propósito de Deus. Não pela cruz em si, pois muitas pessoas eram expostas a essa morte, mas pelas realidades espirituais que ela traz consigo.  A Cruz de Cristo foi uma morte substitutivaJesus morreu por nós e em nosso lugar. Anselmo fez a seguinte afirmação: “Somente o homem devia fazer reparação pelos seus pecados, visto que foi ele que pecou. E somente Deus podia fazer a reparação necessária, visto que foi ele que exigiu”. Jesus Cristo é, portanto, o único Salvador, pois é a única pessoa em quem devemos e podemos ser unidos, sendo ele mesmo tanto Deus quanto homem. Ele satisfaz completamente as exigências de Deus para a salvação do ser humano.    Nós que pecamos, nós merecíamos morrer. Mas nós não estávamos habilitados para pagar pelo nosso pecado. Por isso a morte de Cristo é antes de tudo uma morte substitutiva, uma morte vicária: “…em Cristo e através do Cristo crucificado Deus substituiu a si mesmo por nós e levou nossos pecados, morrendo em nosso lugar a morte que merecíamos morrer, a fim de que pudéssemos ser restaurados em seu favor e adotados na sua família.” (John Stott, A Cruz de Cristo, 1991) .   O apóstolo Pedro também entende que a morte de Cristo foi uma morte substitutiva escrevendo que:   “… para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar,… carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.” (1 Pedro 2:21-24).   O reverendo John Stott também confirma isso quando diz que: “Movido pela perfeição do seu santo amor, Deus em Cristo substitui-se por nós, pecadores. É esse o coração da cruz de Cristo”.    Mas não pára aí, Cristo não morreu sozinho, nós também, para recebermos todos os benefícios dessa morte, precisamos nos identificar com Ele. 

A Cruz de Cristo foi uma morte inclusiva, nós morremos com Ele

Esta é outra realidade espiritual que também faz parte da Cruz. Nós morremos com Ele. O apóstolo Paulo diz que “Nós estamos crucificados com Cristo, e não somos nós que vivemos, mas Cristo vive em nós”.  Escrevendo aos Romanos, Paulo fala dessa identificação, como vitória sobre o pecado e uma garantia de vida eterna:       

“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida… Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque quem está morto está justificado do pecado” (Romanos 6:3-9).   

Isto significa que quando colocamos nossa fé em Cristo e somos batizados, Deus nos une com Cristo, e não precisamos mais servir ao pecado. A vida de Cristo é concedida a todos nós para andarmos em novidade de vida.     

A Cruz provê um exemplo a ser seguido

Outra realidade espiritual revelada pela Cruz é que a vida e a morte de Jesus é um exemplo a ser seguido e imitado. O apóstolo Paulo entende bem isso, e nos convida a tomá-lo como exemplo, pois sendo Deus, não usurpou o ser igual a Deus, antes, humilhou-se assumindo a forma de homem, e como homem, veio para servir sendo obediente em tudo a Deus, o Pai, entregando-se para morrer, e morrer na cruz.   

No rio Jordão, o Pai afirma publicamente o Seu amor, a sua satisfação e apreço pelo Filho: “Este é o meu Filho amado, nele eu tenho prazer”.   

É importante observar que cada passo dado por Jesus revela o caminho de vida divino, o princípio da Cruz em seu interior. Muitas foram as oportunidades pelas quais Jesus pôde demonstrar que Ele não estava aqui para agradar e viver para si mesmo. O Diabo tentou em todo o tempo, afastá-lo da Cruz. Em outras ocasiões os “maiorais” deste mundo, os religiosos, seus próprios discípulos, e até mesmo seus familiares, também, mesmo sem saber, tentaram impedir que Ele cumprisse os propósitos de Deus. A jornada de Jesus aqui na terra foi um contínuo conflito com todos os que, por ignorância ou por astúcia, queriam afastá-lo do princípio da Cruz. Mas Ele já havia feito a sua escolha: “…nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou.”(João 8:28).   

O estilo de vida de Jesus revelava o caráter egoísta, ganancioso e avarento da sua sociedade. Ao ser confrontada com o princípio da Cruz, a multidão cega e irada, resolve pregar Jesus numa cruz. “Crucifica-O, crucifica-O”, gritava a multidão. Pede para soltar um ladrão, e crucifica Jesus, o justo.   

John Stott nos informa que a crucificação foi inventada pelos povos bárbaros que viviam à margem do mundo conhecido, e foi adotada pelos romanos. Ela era reservada para assassinos, rebeldes, ladrões, escravos e pessoas sem posição legal ou social. As pessoas que eram submetidas à crucificação eram desnudadas, flageladas, ofendidas em sua dignidade. Elas carregavam seu próprio instrumento de tortura. Na cruz, ficavam suspensas cerca de dois metros do chão. Alguns agüentavam dias até morrerem. Era o mais bárbaro e terrível castigo. (A Cruz de Cristo, 1991).   

Foi a esse tipo de morte que o nosso Senhor se submeteu. E mesmo diante de tanta crueldade, Ele ainda assim expressa o Princípio da Cruz gravado em seu coração. Mesmo em meio a tanta dor, Ele ora pelos seus algozes: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34).   

Ele, espontaneamente se entregou, para morrer “eu dou a minha vida… Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.”    

Encarnada numa pessoa, tornando-se um fato no tempo e no espaço, a cruz aponta para Jesus como um modelo a ser imitado, um exemplo a ser seguido por todos nós.   

Foi a total obediência de Cristo ao Pai que o levou a exaltação:   

“Pelo que Deus o exaltou e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor”.   

Até aqui, vimos que a Cruz é o centro do Eterno Propósito de Deus, tanto por princípio; pois é a maneira como Deus se relaciona na trindade e com a humanidade; como também, por historicidade, pois cumpre o plano de Deus para redimir o ser humano.    

Há outro motivo que faz com que a Cruz ocupe lugar central: A morte de Jesus revela o inextinguível amor de Deus.   

A Cruz é a maior expressão do profundo Amor de Deus

 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).   

Será que poderia haver maior amor que este?   

“Ah! Que Cruz maldita,tanta dor e sofrimento causou ao nosso Senhor.   

Ah! Mas que Cruz bendita, Cruz que nos traz cura, perdão e salvação.   

Cruz da nossa paz, esta é a Cruz da nossa reconciliação”.    

    

Foi o amor do Pai que na eternidade o motivou, a criar todas as coisas. E é este grande amor que nos constrange, pois Cristo morreu por nós a fim de que vivamos para Ele. Ele nos conquistou para que dediquemos nossas vidas aos seus desígnios e propósitos. O amor de Deus o motiva a trabalhar pela restauração de todas as coisas.   

 “…porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis.” (Colossenses 1:17-22).   

Aqui fica claro, que o objetivo de Cristo é nos reconciliar com Deus, é devolver a unidade, a harmonia perdida. Agora em Cristo, somos declarados santos e justos, recebemos a justiça dele em nós, “temos paz com Deus”. A harmonia vivenciada na eternidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, continua sendo o propósito de Deus também para nós, filhos gerados pela fé, por intermédio de Jesus.   

A reconciliação nos remete ao contexto familiar. Deus em seu eterno amor nos reconcilia consigo mesmo, abre novamente a porta e nos convida para entrar. “Nós não éramos dignos de ser chamados seus filhos”, mas Ele mesmo nos solicita, “pode chamar-me de Pai”. É Cristo quem nos garante este direito e privilégio:   

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome.” (João 1:12).   

“…Porque não recebestes o espírito de escravidão,… mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” (Romanos 8:14-17).   

Este foi o propósito de Deus ao nos criar, sermos os seus filhos, filhos obedientes, filhos que se dedicam e se ocupam em fazer a vontade do Pai. Filhos que têm a Cruz Eterna gravada em seus corações. Com o pecado, a Cruz torna-se histórica e real, e é através da Cruz de Cristo, que Deus, o Pai, pôde nos adotar em sua família, possibilitando a realização do Seu propósito.   

É um privilégio sermos filhos de Deus. Como filhos, participamos da sua natureza, e a cada dia devemos buscar a transformação para nos tornarmos ainda aqui, mais parecidos com Jesus Cristo. “O Pai trabalha até agora, e a obra que Ele começou, Ele é poderoso para completar”.   

“VEDE quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus… Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.” (1 João 3:1).   

Como filhos de Deus, estamos formando uma grande família, e a Cruz é o instrumento para que isso se torne real. Sem Cristo nós estávamos distantes, éramos estranhos às alianças da promessa, não tínhamos esperança. Mas agora, em Cristo Jesus, através do sangue da sua cruz, nós chegamos para perto de Deus. Ele quebrou a maior inimizade, derrubando as barreiras entre os judeus e os outros povos, portanto, toda e qualquer parede de separação que pudesse haver entre os homens, já foram lançadas ao chão.    

E Cristo “…de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade…para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.” (Efésios 2:12-16).   

A mesma Cruz que nos reconcilia com Deus, também nos une no corpo de Cristo. A Igreja é uma comunidade de irmãos que através do amor e da unidade, pode fazer diferença neste mundo. Ela é a agência promotora da reconciliação, da paz. Seu ministério é levar as pessoas a encontrar a paz com Deus e a paz umas com as outras por meio de Cristo. E é vivendo o princípio da Cruz que esta obra pode ser realizada.   

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:34,35).   

  
Conclusão

Por tudo o que expomos, podemos afirmar que A Cruz de Cristo é o Centro do Eterno Propósito de Deus. Ela possibilita a vida comunitária, a vida de amor planejada por Deus para todos seus filhos.   

Através da Cruz podemos olhar e ver como o apóstolo João:   

“…um Cordeiro como tendo sido morto…que com o seu sangue comprou para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e os constituiu reino e sacerdotes; e reinarão sobre toda a terra…”   

“…uma grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos povos e línguas, em pé diante do trono…e clamavam em grande voz: Ao nosso Deus que se assenta no trono, e ao Cordeiro pertence a salvação…”    

“…novo céu e nova terra,… a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus…Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povo de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas…” (Apocalipse 21:1-5). Amém. Amém.

   

Por: Pr. Rogério Mendes Teixeira

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